Erick Jardim: “Entre o talento e o ostracismo”

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Foto: Divulgação / Inter 



É inegável o talento de Nico López. É um jogador de muita qualidade. Ele é capaz de decidir uma partida em uma única jogada, como no jogo contra o América-MG em 2017. Para muitos já é o suficiente para colocá-lo como titular incontestável do nosso time, mas não, isso não é o suficiente.


Muitas vezes, numa mesa de bar, me peguei conversando com amigos sobre grandes jogadores do Inter na década de 70, sobre como eles renderiam atualmente. Nesses momentos me pego pensando que Nico é um jogador perfeito para uma época um pouco distante, quando a parte física não era tão importante quanto nos dias atuais. A intensidade era menor, assim como as obrigações físicas num futebol onde a técnica era o carro chefe do esporte que tanto amamos.


Nico é um talento que joga no tempo errado. Confesso que já não sei o que esperar dele, pois ele não mostra que pode se adaptar ao futebol do presente, apesar de ter muita qualidade.


O futebol possui 4 valências básicas: tática, técnica, física e anímica. Se dividirmos estas 4 valências igualmente, Nico é um jogador 25%, pois possui apenas a parte técnica, que pode ser o suficiente para decidir uma partida, mas que não ganha um campeonato.


Este é Nico López, talentoso, mas que não possui a intensidade para se tornar peça importante numa engrenagem tão complexa que é um time de futebol nos dias de hoje.

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