Entrevista com o candidato à presidência do Inter, Cristiano Pilla Pinto

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No dia 15 de dezembro, no 2º Turno das eleições, o sócio do Internacional poderá votar e conhecer seu novo presidente para um mandato de três anos. Antes dessa data, nos dias 26 e 27 de novembro, ocorrerá o 1º Turno no Conselho Deliberativo, quando os Conselheiros votam as 2 chapas que irão para o pátio.

A Revista entrevistou os quatro candidatos ao pleito, para entender os planos de gestão de cada um, conhecer as ideias para o futebol do Inter e projetar permanências para o ano de 2021. Ao todo, seis perguntas idênticas foram feitas aos candidatos. Em função da recente troca do comando técnico, houve uma adaptação na pergunta referente ao treinador para a próxima temporada. A publicação das respostas será de acordo com a ordem que cada chapa respondeu a entrevista.

O terceiro candidato entrevistado é Cristiano Pilla Pinto, do Povo do Clube (PDC). Confira:

Revista: Com a recente mudança no comando técnico, Abel Braga é um nome a ser debatido para renovação de contrato para próxima temporada?

Cristiano Pilla Pinto: Temos nosso planejamento de futebol bem traçado para a próxima temporada e falaremos disso no momento oportuno, mas o foco agora é nas atuais competições que se encerram em fevereiro. Abel é o nosso técnico para as três competições em andamento e tem nosso total apoio.

Revista: Quais novidades ou diferenciais que a sua chapa tem em relação aos concorrentes e em relação à própria gestão atual?

Cristiano Pilla Pinto: Nosso projeto de gestão se baseia em quatro pilares: profissionalização, identidade popular, transparência e democracia. Temos planos de ação concretos para estes pilares e acredito que o Povo do Clube já deu exemplos de que realmente faz o que propõe, tanto na sua atuação no Conselho Deliberativo, quanto na curta passagem pela Gestão em 2017. Por sermos um movimento horizontal no seu funcionamento e sem “caciques”, estamos acostumados ao debate de ideias, ao diálogo e ao aperfeiçoamento constante de nossos projetos, assim como a cobrança sobre as metas traçadas. Acredito que esta visão coletiva é um diferencial em relação às demais chapas.

Revista: A sua chapa pretende contar com Rodrigo Caetano em 2021?

Cristiano Pilla Pinto: Até o fim das competições, em fevereiro, não haverá mudança. Ao final deste período o seu trabalho será reavaliado pela Direção, analisando o atingimento de metas e o seu trabalho junto à comissão técnica e o grupo de jogadores.

Revista: O executivo de futebol é uma peça imprescindível no organograma funcional de sua gestão?

Cristiano Pilla Pinto: Sem dúvida. No futebol de hoje esta função é fundamental, sendo um elo entre jogadores, comissão técnica e direção, necessariamente sendo alguém com conhecimento, experiência e formação de alto nível no futebol, supervisionando o dia a dia do vestiário e com ampla visão de mercado.

Revista: Qual o projeto para venda do naming rights do Gigantinho e do Beira-Rio?

Cristiano Pilla Pinto: O projeto do Gigantinho não foi sequer debatido no Conselho Deliberativo. É preciso este debate e o entendimento do que irá competir ao Inter ou à parceria. A atual Gestão vem conduzindo de forma unilateral este processo, inclusive de forma antiestatutária e antidemocrática. Quanto aos naming rights do Beira-Rio, o contrato prevê que o direito de exploração é da parceira, desde que haja anuência do Inter com o nome escolhido, no momento não temos conhecimento de algo neste sentido.

Revista: O Inter, se comandado pelo conselho de gestão encabeçado pelo senhor, se compromete a fazer um 2021 sem déficit e com um time competitivo para que Coudet possa nos colocar novamente no caminho dos títulos?

Cristiano Pilla Pinto: O Povo do Clube foi único movimento no Conselho Deliberativo que propôs à atual Gestão um planejamento orçamentário com déficit zero, porém fomos vencidos na votação em plenário. O clube vem gastando muito e muitas vezes gastando mal no futebol. Temos que investir nas categorias de base, deixando de lado contratações caras com qualidade semelhante ao que já possuímos em casa. Com uma categoria de base forte e com um melhor trabalho de transição dos jovens para a equipe profissional, pretendemos qualificar o elenco gastando menos. Já as contratações para qualificar o elenco devem ser criteriosas e com mínima margem de erro possível, afinal os recursos serão escassos. Pretendemos utilizar muito a ciência de dados, como o CAPA (Centro de Análise e Prospecção de Atletas), procurando trazer os jogadores certos para as carências que há no elenco.

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