Apoio aos jovens, encanto pelo projeto e combate à xenofobia: Miguel Ángel Ramírez se apresenta no Inter

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A tarde desta sexta-feira (5) foi marcada pela apresentação de Miguel Ángel Ramírez. Após visitar o museu do clube, o espanhol foi apresentado pela diretoria como novo técnico do Internacional.

A entrevista coletiva foi pautada em diferentes assuntos. Os principais envolviam um projeto de trabalho com as categorias de base e a paciência para implementar a ideia de jogo desejada.

“O Internacional nos dá a possibilidade de estar em um gramado incrível. Em um estádio mundial. Em um clube com uma história de uma das maiores do mundo. Com uma história ganhadora. Ganhou muito ao longo dos anos. Ganharam coisas que outros não conseguiram ganhar. Me agrada muito o projeto. Estamos convencidos que a torcida colorada vai se seguir orgulhosa da equipe e vai gostar do que vai ver.”

“Vamos começar na segunda-feira. Desde o primeiro dia, transmitindo uma mensagem. Há treinamentos suficientes para ir construindo isso. O Gauchão nos vai ajudar a ir ajustando para tentar chegar nas melhores condições na Copa Libertadores e no Brasileirão. Vamos nos ajustando, uns aos outros. Também necessitamos estar com os jogadores e a partir daí ir conhecendo as respostas individuais e a partir disso, ir tomando decisões juntos com o clube. Precisamos agora de um tempo de conhecimento mútuo. É um trabalho conjunto.”

Sobre ser um técnico de apenas 36 anos e ter apenas um time profissional em seu currículo, Ramírez respondeu da seguinte maneira:

“Esse pensamento limitado é o que nos faz não ter coragem suficiente para que Lucas Ribeiro não jogue, Pedro Henrique não jogue, Nonato não jogue, Praxedes não jogue. Porque não tem experiência. Como vão jogar? Esse pensamento limitado nos faz não colocar os meninos para jogar. Mas somos diferentes.”

Miguel Ángel Ramírez chega a Porto Alegre com uma comissão técnica composta por um espanhol, um colombiano e um argentino. Sobre a diferença de nacionalidades e também a existência de xenofobia em comentários, o treinador afirmou:

“O ser humano tem um lado obscuro. Eu vivi em uma ilha muito perto da África e vinham imigrantes buscando vidas melhores. E muitas pessoas se acham donos dessa ilha e se sentem superior. Eu tive a sorte de ser imigrante e ser acolhido nos países em que estive. Sempre haverá alguém que não quer um estrangeiro em um território em que se acham donos. Mas não são a grande maioria.”

Miguel Ángel Ramírez assinou com o Internacional por dois anos. O treinador se encontrará com o grupo completo na próxima segunda-feira (8).

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