William Pottker fala sobre a permanência no Inter em 2018, sua posição em campo e Seleção Brasileira

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Foto: Divulgação / Inter 



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Em entrevista para o portal ZH, o atacante William Pottker, destaque do Inter em 2017, falou sobre a trajetória no clube gaúcho entre outras questões, como sua permanência em 2018 e a posição em que vem atuando, fazendo o corredor direito.


O jogador começou explicando a adaptação a capital Gaúcha. “Estou há cinco meses mas me adaptei. Sou do sul (Florianópolis), isso facilitou. Já tenho amigos que vão na minha casa jogar pôquer, gaúchos daqui da cidade mesmo. O bom trabalho aqui no Inter ajudou me sentir bem. Tenho feito um bom trabalho, e as coisas melhoram”.


Comentou o “encaixe” da equipe, que no começo da série B não vinha de boas atuações. “O entrosamento faz as coisas fluírem com mais naturalidade. Quando cheguei, também vieram outros jogadores, na mesma semana. Não nos conhecíamos. Isso faz uma diferença enorme. Hoje o Alemão ou Cláudio Winck, que jogam pelo meu lado, sabem que gosto de buscar a bola no espaço, na frente. D’Alessandro também. Isso é uma base para termos dado a volta por cima, com os mesmos jogadores”.


Também falou sobre a posição em que joga e o comentário de que é auxiliar de lateral. “O único jogador que joga pelas pontas que não é auxiliar de lateral é o Cristiano Ronaldo. Único. Em todas as outras equipes do mundo, se o cara não voltar para marcar o lateral, ele não vai jogar. E se ele não chegar na área para fazer o gol, também não vai jogar. É uma outro lado da posição. Assim como o zagueiro sofre com uma bola aérea, tem que estar sempre cabeceando, a gente também passa pela mesma coisa, tem que sofrer. Mas sofrendo em nome do grupo, a gente vai crescer. Tem que entender que uma roubada de bola pode valer o contra-ataque que vira um gol. É questão de compreensão. Me sinto bem fazendo a função que faço hoje. Mesmo que digam que sou auxiliar de lateral”.


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Após, respondeu se ali é, de fato, o seu lugar. “Não sei se é meu lugar no campo. Me sinto bem jogando ali, mas também me sinto bem quando estou centralizado. Depende da característica do adversário. Não sou de fazer parede como o Damião, que segura a bola por três, quatro segundos, o tempo que precisamos para sair, e isso faz diferença. Mas sou de procurar o lado oposto e fazer facão (movimento de correr em diagonal em direção à área para finalizar). O Ricardo Oliveira faz isso. Via ele fazer no Santos e comecei a fazer na Ponte Preta também. O zagueiro não está acostumado. Como marcam mais um Fred, mais centralizado, parado, fazendo pivô, quando aparece um Gabriel Jesus, que joga centralizado, mas buscando o giro rápido, surpreende. Agradeço a Deus por ter essas virtudes, porque mais na frente, quando perder a capacidade física, tem uma saída de jogar mais pelo meio”.


Pottker falou sobre o que mudou no time com a chegada do centroavante Leandro Damião. “O Damião é um cara que segura a bola, segura os marcadores, atrai a defesa. Isso abre espaço para nós. E também é goleador. Todos nós perdemos chances e fazemos gol, mas ele é um cara que sabe fazer mesmo. Outra coisa é a possibilidade de fazer um cruzamento, é cabeceador, alto. É um finalizador mesmo”.


Questionado sobre o que precisaria para voltar a ser goleador, como foi na Ponte Preta. “Tenho 18 gols no ano. Acho que na minha posição, só o Lucca, da Ponte Preta, fez mais gols. Claro que tem gente com mais, mas são os centroavantes. Ainda tenho que melhorar o cabeceio. Quando a bola vem na área, tento, me esforço, mas não entra. A hora que melhorar vou fazer ainda mais gols. Vejo o Cristiano Ronaldo. Quando a bola vem no segundo pau, ele atropela o marcador. Preciso fazer isso. Até tentei: contra o América-MG, deu na trave, no Santa Cruz, o goleiro defendeu”.


Respondeu, também, se o Inter está pronto para voltar a série A. “Tudo tem um processo. Hoje ainda estamos enfrentando a Série B. Depois, a direção vai fazer avaliação e ver o que é bom para o clube, se o grupo é suficiente, por já ter o entrosamento, ou se vale a pena contratar três ou quatro reforços. Isso também vai ser bom, para não sofrer na competição. Mas por termos uma base, vai ficar mais fácil. O Inter não vai cometer o erro de desfazer o time. Temos grupo para dois, três anos”.


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Questionado sobre a permanência em 2018, Pottker respondeu que não dependerá só dele. “Vai depender do meu desempenho. Tanto de jogar bem para ficar no Inter ou até para ser vendido. Se meu desempenho for muito bom, o Inter vai fazer o que precisa para ficar bom para o clube e para mim. Mas acredito que vou ficar, sim. Estou feliz aqui. Mas, repito, não depende só de mim”.


Sobre seleção e ganhar títulos, William Pottker afirmou. “Não penso em Seleção, vejo muitos jogadores na frente. É um sonho de todos os brasileiros, mas, sinceramente, o que penso é em ganhar títulos, e já o da Série B. É isso o que marca o jogador. Qualquer clube que queira me contratar, daqui a cinco anos, vai ver meu currículo, e lá vão estar os títulos. Quero ser campeão pelo Inter”.


Para finalizar, comentou a parceria com D’Alessandro, foi só elogios. “Me surpreendi com o D’Alessandro. Ele luta pelos ideais, pelos objetivos do conjunto. Apesar da idolatria dele aqui, que é merecida, um cara que foi campeão de tudo pelo clube tem mais é que ser tratado assim, ele não luta só pelas coisas dele. Luta pelo grupo, coloca a cara a tapa. É muito bom ter alguém assim. Se ele estivesse aqui no ano passado, o Inter não teria caído. Ele não deixa o ambiente pesar, e no nosso grupo não tem nenhum “artista” que faça o ambiente pesar. E, dentro de campo, não tem o que falar. Quando o D’Alessandro pega a bola, vêm dois marcadores e não conseguem roubar, só fazendo falta. Ele vai nos ajudar ainda mais, neste e no próximo ano”.

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