Wellington Monteiro comenta reprise da final do Mundial e afirma: “Torcida igual a do Inter não existe”
Campeão Mundial com o Inter em 2006, Wellington Monteiro conversou com a nossa reportagem no último sábado.
Confira abaixo:
Qual é o sentimento de assistir a reprise do Mundial?
“O sentimento é de dever cumprido. Porque, querendo ou não era uma responsabilidade enorme que estava nas nossas costas. Tinha muita coisa, tinha o nosso nome, tinha a nação colorada que estava com um grito preso na garganta, tinha a nossa família e não o principal de tudo, mas acima de tudo o nosso nome, né. Porque é o nome que fica em jogo. Aí você pensa que valeu a pena fazer todo o sacrifício que nós fizemos, independente de como foi. Mas o sentimento é de super dever cumprido.”
Do que mais o Wellington Monteiro sente saudade daquela equipe que conquistou o Mundial?
“O que eu mais sinto saudade é de estar perto um do outro. Porque quando você está em um ambiente saudável, com uma família muito saudável, você quer estar perto toda hora e a todo momento. É claro que cada um tinha seu jeito, sua fé, sua crença, sua vida em si. Mas o que nós tínhamos de melhor de um para com o outro, chama-se respeito, a gente se respeitava muito. Porque falar pelo telefone é uma coisa, mas estar perto e dar um abraço, conversar, colocar o papo em dia em uma mesa com todos, isso eu sinto muita falta e muita saudade mesmo. Futebol, muitos falam que não se faz amizade, e na realidade é verdade, nós não fizemos amizades, nós fizemos uma família que nunca vai acabar, independente se um está longe do outro. Mas com certeza, um dia vamos estar perto e rir, sorrir demais, dar gargalhadas de tudo aquilo que aconteceu em 2006”.
Poderia mandar um recado para o torcedor colorado?
“O único recado que eu tenho para a torcida colorada é: muito obrigado pelo carinho, pela confiança, pelo sustento. Pelo sustento de crer na gente e também pelo amor, que era isso que a gente sentia. Aqui no Rio de Janeiro me perguntam qual foi a melhor torcida e eu digo que foi a do Inter. Não tem igual. Joguei em vários clubes, mas torcida igual a do Inter não existe. Eu sei que todas são apaixonadas, mas a do Inter é diferente. A do Inter não existe paixão, existe amor e é um amor de verdade, não é um amor de mentira. Independente se o time está lá embaixo ou lá em cima, eles nunca deixam de ser Inter. A gente pode tirar um parâmetro quando disputaram a série B e a gente viu quem é o torcedor colorado”.