Tinga diz que modismo de técnicos estrangeiros no país assusta

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Ex-jogador do Inter, Tinga fez críticas aos clubes brasileiros por conta da contratação de treinadores estrangeiros. O ex-atleta utilizou o seu espaço como colunista no site Uol Esporte para falar sobre o assunto.

“Nada contra essa invasão. Pelo contrário, por eu ter trabalhado na Alemanha, no Japão e em Portugal, aprendi muito com essas experiências que tive com treinadores estrangeiros e reconheço tudo o que o Jorge Jesus e o Abel fizeram pelo futebol brasileiro e até da América do Sul. Porém, sou avesso aos modismos. Essa fixação de seguir o que os demais fazem é muito simplório, acaba mostrando falta de convicção, falta de pesquisa do mercado, falta de conhecimento genuíno”, escreveu ele.

Para Tinga, o fato do técnico ser de fora do país não é sinônimo de competência ou então de garantia de resultados.

“Isso acaba ludibriando o torcedor, passa a ideia que trazer um treinador estrangeiro é uma bela escolha, que será sucesso garantido. E na verdade sabemos que não é bem isso. O Flamengo fracassou recentemente com o espanhol Domènec Torrent – sucedeu o Mister -, o Santos não empolgou com o português Jesualdo Ferreira, assim como Athetico com António Oliveira e o Vasco com Ricardo Sá Pinto”, opinou Tinga.

Hoje, o futebol brasileiro conta com os seguintes treinadores estrangeiros: Vítor Pereira, António Mohamed, Abel Ferreira, Paulo Sousa, Alexander Medina, Juan Pablo Vojvoda, Gustavo Morínigo e Fabián Bustos.

“A história já nos expôs que há estrangeiros competentes e outros nem tanto, assim como os profissionais do futebol que são brasileiros. Às vezes, me soa que há uma engenharia dos dirigentes para ganhar tempo, um respiro, ou seja, trazem treinadores de fora para que a torcida não cobre tão afinco, pois virá o discurso: ‘precisamos dar tempo para que se adapte ao futebol brasileiro’”, completou Tinga.

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