Presidente da CBF fala em “acatar” decisão dos clubes, mas faz alerta sobre o Brasileirão

Rafael Ribeiro / CBF
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Na última segunda-feira, vários clubes se mobilizaram para, ao lado de Internacional, Grêmio e Juventude, solicitarem a paralisação do Campeonato Brasileiro em virtude da tragédia ambiental enfrentada pelo Rio Grande do Sul.

O objetivo é que as duas próximas rodadas sejam adiadas, com o torneio retornando em 31 de maio. A CBF, contudo, marcou uma reunião apenas para o dia 27. Em entrevista ao portal “GE”, contudo, Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF que está na Tailândia, prometeu “acatar” a decisão da maioria dos clubes, mas avisou que isso só será feito após ouvir todos de forma “exaustiva”.

“Sobre o pedido de paralisação, é interessante que possamos ouvir todos os clubes para definir. Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim. Mas somos todos democráticos. Depois de colocar todos esses pontos para que eles definam, não tenho como ficar contrário porque nossa gestão é democrática. Porém, uma paralisação atinge por completo toda a cadeia produtiva do futebol”, iniciou o dirigente, que ainda prometeu fazer um aviso às equipes em relação ao tema.

“Vamos falar com os clubes, ouvindo todos de forma exaustiva e acatando a decisão da maioria. Mas sempre colocando: ‘Olha, temos um calendário difícil, e a paralisação de todos vai contribuir para ficar mais difícil ainda’. Vou dar só um exemplo: No Maracanã, principalmente quando joga o Flamengo, emprega ali no momento 1.200 pessoas. Essas pessoas não estão na folha de pagamento do Flamengo. Mas fazem seu trabalho e recebem ali sua cota. Temos que olhar por essa ótica também. Muita gente depende do futebol”, finalizou o dirigente, sem colocar um prazo para a decisão ser tomada, apesar do pedido conjunto de 15 clubes em relação a uma interrupção do torneio.

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