Na Argentina, atacante avalia passagem pelo Inter: “Acredito que fiz um bom ano”

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No final de 2019, o Internacional tentou, sem sucesso, a manutenção no elenco do atacante Guilherme Parede. O jogador havia feito parte do grupo que disputou as competições naquele ano.

O Coritiba, dono dos seus direitos, optou por vendê-lo ao Talleres, da Argentina, que bancou cerca de R$ 3,5 milhões pela sua contratação.

O atacante de 24 anos disse que foi muito bem recebido e explicou a opção por ir para Argentina.

“Muitas pessoas viram como algo estranho, um brasileiro vindo para a Argentina, mas eu vi como uma oportunidade de fazer história num país diferente, que tem rivalidade com o Brasil, onde eu posso através do futebol, da minha história, tentar quebrar um pouco isso. Eu fui muito bem recebido aqui, pela diretoria, pelo clube, o projeto que me apresentaram e o esforço para contar comigo, fiz ótima escolha vindo para cá”, ressalta Parede, em entrevista exclusiva à Goal.

Em sete jogos com a camisa do time argentino, ele marcou quatro gols e deu duas assistências.

“O futebol tem mais contato, o tempo todo você quer ter a bola, roubar a bola e não desiste por nada, o jogo também segue, não para por qualquer coisa acho que é isso, a intensidade é a maior diferença, poucos times no Brasil jogam com essa intensidade. Quando estava no Inter, os adversários que vi jogar assim foram Grêmio e o Flamengo”, completou Parade.

Parede ainda falou sobre o estilo do futebol argentino.

“Com certeza há diferença, eles incentivam do início ao fim e no Brasil são poucos os times onde isso acontece, acho que depois que acaba o jogo, o torcedor tem todo o direito de cobrar, vaiar. Aqui, não só no Talleres, como em outras equipes, a torcida incentiva do início ao fim, canta, empurra até o time reagir, criar situações. Isso é muito importante para o jogador dentro de campo, fica fácil da coisa acontecer, não tem como não correr, não querer ganhar, ter a bola”.

Para finalizar, lembrou da passagem pelo Colorado. Para ele, o time caiu de rendimento no final da temporada.

“Jogar 47 partidas num clube como o Inter não é para qualquer um, a gente tem altos e baixos e comigo não foi diferente. O time deu uma caída de rendimento no final, mas acredito que fiz um bom ano. Eu aprendi muitas coisas fora de campo, minha esposa e eu, estávamos grávidos e a gente perdeu um filho, foi muito complicado, muitas pessoas não sabem dessa situação e às vezes o torcedor não quer saber, mas somos seres humanos, tem algumas coisas que fogem do nosso controle e com certeza refletem dentro de campo. Jogar com a cabeça boa, alegre e feliz faz toda a diferença. Tive um ano bastante intenso, joguei Libertadores, final de Copa do Brasil, foi bom terminar o Brasileiro bem”.

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