Liliane Santos: A trajetória do caso Paolo Guerrero

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  Tribunal Federal Suíço nega pedido da Fifa para diminuição da pena do atacante colorado.

Foto: Divulgação / Inter


Paolo Guerrero foi suspenso provisoriamente pela Fifa após um jogo pelas eliminatórias da Copa do Mundo entre Argentina e Peru, no dia 5 de Outubro de 2017, a punição era de apenas 30 dias. Um exame antidoping apontou a existência de um metabólico de cocaína na urina do atleta. O jogador em sua defesa, afirmou que aconteceu uma contaminação por um chá antes do jogo no hotel onde estava hospedado.

Já em dezembro de 2017, a Fifa anunciou uma nova suspensão sobre Guerrero, desta vez pelo período de 1 ano. Logo de imediato o Flamengo cortou seu vínculo com o atacante. No dia 20 Guerrero conseguiu apelação da Fifa e teve sua pena reduzida para 6 meses, junto ao Tribunal de Apelação da entidade.

Em janeiro deste ano, Paolo Guerrero solicitou ao TAS (Tribunal Arbitral do Esporte) a extinção da sanção por doping. Em março sem definição alguma de sua pena, o jogador teve a reativação do seu vínculo com o Clube de Regatas (Flamengo) e voltou aos treinos.


No dia 21 a WADA (Agência Mundial Antidoping) pediu o aumento da suspensão do jogador para 2 anos. Dia 3 de maio Guerrero teve audiência de apelação no TAS , que teve duração de 10h 30 min. Quase duas semanas após a audiência, o TAS publicou a sentença de 14 meses de suspensão, no qual o jogador já tinha cumprido 6 meses.

No dia 1° de junho Guerrero obteve uma liminar que suspendia provisoriamente os 8 meses restantes da pena, o que permitiu que o atleta jogasse a Copa do Mundo na Rússia.Guerrero ainda atuou este ano em 4 jogos pelo Flamengo no Campeonato Brasileiro, tendo como seu último jogo a vitória sobre o Sport Recife dia 29 de junho, quando entrou já no tempo complementar e teve duração de 16 minutos em campo.

Teve sua partida para Porto Alegre em agosto,onde foi apresentado como novo reforço do Colorado no dia 15 deste mesmo mês. Guerrero assinou com o Inter por 3 temporadas. O contrato tem uma cláusula que permite que o Internacional não precise pagar os rendimentos mensais, caso a suspensão fosse revogada.

Para a infelicidade do Clube e seus torcedores, uma semana após a apresentação de Paolo Guerrero no Inter, a Justiça Suíça revisou a sentença e derrubou a liminar. No caso de não obter uma nova liminar o atacante colorado devera cumprir a sentença imposta pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), até 23 de abril de 2019. 


Assim o contrato com o Clube do Povo segue “congelado”, Guerrero assinou com o Inter até 2022 e só poderá voltar a treinar nas dependências do Clube em março de 2019 , faltando 45 dias para o término da suspensão, prazo estipulado pelo regulamento da Fifa no caso de suspensão por doping, respeitando o fim da punição.

No mês anterior, precisamente dia 16 de outubro, os advogados do atacante do Inter, voltaram a Lausanne (Suíça) em uma nova tentativa de liberar o jogador, os representantes de Guerrero pediram a revogação da decisão.

A Fifa também tentou reduzir a suspensão do atleta, mas não teve êxito em sua ação. Segundo a defesa de Paolo Guerrero, a participação da entidade não foi admitida no processo pelo TAS, na Suíça. Porém, apesar de tudo os defensores do jogador ainda esperam para as próximas semanas um parecer positivo ou negativo, do Tribunal Federal Suíço que pode liberar o atleta para atuar com o manto colorado já em janeiro, enquanto isso segue a sanção imposta pelo Tribunal Arbitral do Esporte.

“A participação da Fifa não foi admitida pelo tribunal. Mas o nosso recurso segue em seu curso regular. Nós pedimos a nulidade do laudo da decisão do TAS. Esperamos que a decisão ocorra dentro das próximas semanas”, disse Júlio Garcia, advogado de Guerrero.

Desde o início a Fifa tenta diminuir a punição sobre o jogador colorado, mas o TAS acha muito branda a pena e sua diminuição desnecessária segundo o ocorrido até aqui.
Nas próximas semanas obteremos novas informações sobre o caso, e uma nova decisão da Corte.
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