Inter fecha ano de 2016 devendo direito de imagem a jogadores

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Foto: Reprodução 



O presidente Marcelo Medeiros já terá contas para pagar no dia 3 de janeiro, quando tomar posse. Da gestão Piffero, Medeiros herdará dois meses de imagem a serem quitados com os jogadores, salários de funcionários terceirizados e parcelas bancárias. Além de tudo isso, um déficit que poderá se aproximar dos R$ 50 milhões.


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“Esperamos receber o clube sem dinheiro em caixa e com dívidas de pelo menos R$ 10 milhões em janeiro”, comentou uma pessoa ligada a direção. “A situação é complicada, séria, e o Inter terá algumas dificuldades para começar o ano, isso é inegável. Talvez possamos equilibrar as contas a partir do segundo semestre”, acrescentou ele. 


Por mais que a temporada de 2016 não tenha sido encerrada, assim como os valores a pagar (e quase nada a receber) os cálculos da nova gestão não estão tão errados assim. Quem garante é o primeiro vice de finanças do Inter, na gestão Piffero, Pedro Affatato.


“Já conseguimos quitar os impostos, que venceram no dia 20, além de boa parte dos terceirizados e as férias do jogadores. Pagamos também a imagem de outubro dos atletas, mas a de novembro ficará para a próxima gestão pagar. E a folha de dezembro sempre é paga em janeiro. Também ficará para a nova gestão”, disse Pedro Affatato.


A folha mensal do futebol profissional beirou a casa dos R$ 6,5 milhões no segundo semestre de 2016. Segundo Affatatto, somente a imagem vale R$ 2,7 milhões. Pedro confirmou que há pouco tempo, a direção fez mais um empréstimo junto ao Banrisul, desta última vez na casa dos  R$ 7 milhões, afim de cumprir compromissos do final deste ano. Anteriormente, na temporada de 2015, a direção já havia feito um empréstimo de R$ 60 milhões em instituições bancárias.


“Já até começamos a pagar esse empréstimo. Não tivemos receitas extras, não vendemos jogadores. Tivemos apenas as luvas de R$ 40 milhões da TV (Esporte Interativo). Mas precisamos recorrer ao banco para atender os compromissos de final de ano e para evitar antecipar receitas de 2017. Sofremos lá atrás e não queremos que eles sofram também”, justificou Affatato.”Tudo o que der para pagar a gente paga. O que não der, a gente deixa para amanhã”, emendou o dirigente.


O dirigente ainda confirma que o Inter será entregue quase sem recursos em caixa e que precisará renegociar novas dividas a partir do começo de 2017.


“Não há como negar, vai ficar muito pouco em caixa”, admitiu Affatato. “Apesar de todas as dificuldades econômicas do país, terminamos o ano em equilíbrio. O problema do Inter é esse déficit mensal, que o clube precisa sofrer uma redução drástica no passivo. Há muitas contas deixadas para trás, a cada gestão, é algo histórico. Somente em 2016 precisamos comprometer mais de R$ 80 milhões em contas do passado. E o clube vai seguir comprometendo o seu dinheiro com o passivo por muitos anos ainda”, concluiu.

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