Inter e Grêmio estão “alinhados” contra Medida Provisória de direito de transmissão

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Inter e Grêmio entendem que a Medida Provisória de Jair Bolsonaro teria que ter sido debatida pelos clubes antes de ser assinada. Os dois clubes entendem que deveriam ter sido consultados neste caso, assim como as outras equipes do país.

Marcelo Medeiros, presidente do Inter, e Romildo Bolzan, do Grêmio, estão “alinhados” sobre o tema, segundo divulgado pelo mandatário gremista em entrevista.

“Da maneira que foi encaminhada, me parece que a demanda atendeu a interesse específico. É um ato muito pequeno e de enorme problema, enorme consequência. Consequência que pode ser boa ou ruim. O cerne de tudo está a forma como foi encaminhado: completamente sem debate prévio. É de imaturidade política, que… Bom, nem vou adjetivar. Mas nos joga no centro de um problema que é discussão da Globo com o governo federal. É tudo que não precisávamos agora. O que vai acontecer, no mérito, não posso dizer. Mas a forma como isso tudo foi encaminhado, de maneira solitária por um clube, sem a mínima preocupação de debate…”, disse Romildo à Rádio Guaíba.

O dirigente gremista ainda revelou conversa com Marcelo Medeiros, presidente do Inter, para informar que os clubes pensam da mesma forma.

“Tem clubes que acham boa a medida. Alguns se manifestaram publicamente achando interessante a MP. Como não discutimos nada, estamos divididos mais uma vez. E nos dividiram para atender uma situação específica, vamos combinar que é bem específica”, declarou Bolzan.

“Se fosse democratizar, ouviria a todos. Os clubes deveriam se posicionar para não serem engolidos por um debate que não provocaram. Estamos com 70% dos contratos de TV suspensos e não sabemos o que vem pela frente. A que serve essa MP? O que está por trás disso? Tenho muitas preocupações e temos que reagir. Reagir devolvendo a MP ao governo e abrindo debate. Temos mais três anos e meio de contrato pela frente. Então, de repente se acha um bom termo negocial para todos. Mas em meio à crise se gera esse problema. Não entro no mérito, mas no âmbito político”, concluiu o presidente gremista.

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