Ex-vice de finanças do Inter usou notas de empresa do seu irmão para justificar gastos na gestão Piffero

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Foto: Divulgação 



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O vice-presidente de finanças do Inter na gestão de 2015/2016, Pedro Affatato, apresentou notas fiscais de empresas da sua família para justificar retiradas de valores do clube Gaúcho durante o período da gestão de Vitório Píffero. As informações a seguir são do portal GaúchaZH. 


Segundo informa o portal, foram pelo menos 10 transações entre o clube Gaúcho e a empresa Rodoseg Segurança e Engenharia Rodoviária Ltda, da família de ex-dirigente. Os valores se aproximam de R$ 1 milhão em documentos fiscais que foram cobrados do Inter e emitidos pela empresa. 


As informações também dão conta de que Affatato apresentou as notas posteriormente a retirada do dinheiro para justificar os gastos. Em uma das ocasiões a Rodoseg teria recebido o pagamento posterior via transação bancária. Isso por um serviço que teria prestado no estádio Beira-Rio. 


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Devido às várias notas apresentadas ao longo dos dois anos da gestão passada, o ZH informa que não se sabe quais foram especificamente os trabalhos executados pela empresa da família do ex-dirigente. Segundo ele, todas as transações se referem a instalação de guard-rail feitas pela família da sua empresa no entorno do estádio Colorado. 


Um dos proprietários da empresa seria Arturo Affatato, irmão do ex vice de finanças. A publicação do ZH também informa que o dirigente era um dos proprietários da empresa até outubro de 2011, quando se retirou e optou por deixar que a empresa fosse tocada pelo seu familiar, além de um outro sócio. 


A empresa Rodeseg tem o endereço em Eldorado do Sul, sendo que fica no mesmo terreno da Sinarodo Sinalizadora Rodoviária, empresa que pertence a Pedro Affatato e ao seu irmão. Com o novo programa de Modernização da Gestão e Responsabilidade Fiscal no Futebol Brasileiro (Profut), ficou proibido que clubes contratem empresas das quais os gestores pertencem à família dos seus dirigentes. 


Isso fica bem claro no artigo 25 da norma federal: “Consideram-se atos de gestão irregular ou temerária praticados pelo dirigente aqueles que revelem desvio de finalidade na direção da entidade ou que gerem risco excessivo e irresponsável, tais como: (…) celebrar contrato com empresa da qual o dirigente, seu cônjuge ou companheiro, ou parentes, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, sejam sócios ou administradores (…)”. 


Segundo a lei do Profut, em casos como este o dirigente poderá ficar elegível por até 10 anos para cargos eletivos em qualquer entidade profissional, como informa o ZH. Seria uma espécie de sanção administrativa e ainda também é permitido deflagrar ação civil e penal. 


Para o portal Gaúcha ZH, Pedro Affatato explicou os pagamentos feitos a empresa do seu irmão, mas não se manifestou quanto a lei do Profut. 


“A Rodoseg prestou serviços ao Internacional no que tange à fabricação e implantação de guard-rail para a proteção das áreas do entorno do complexo Beira-Rio. Tal obra pode ser facilmente constatada com uma visita ao estádio e entorno. Foram mais de 150 toneladas de aço utilizadas na fabricação dos guard-rails.


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Os serviços foram executados em janeiro de 2015, sendo pagos à empresa da seguinte forma: 30% após 60 dias da conclusão, 30% em 90 dias após a conclusão, 20% em 270 dias após a conclusão e 20% em 1 ano e 7 meses após a conclusão. Os pagamentos foram fracionados e as notas fiscais foram emitidas em contraprestação a cada pagamento.


Parte desses recursos foi pago mediante transferências bancárias e parte foi pago em dinheiro.


O custo da obra foi abaixo do valor de mercado, sendo que, inclusive, na época sequer havia empresa apta em Porto Alegre para atender as condições técnicas e de pagamento da obra na forma em que o clube necessitava. Não houve superfaturamento ou desvio em proveito pessoal.


Eu havia me desligado da Rodoseg muitos anos antes da execução da obra. Sempre que possível eu ajudei pessoalmente o clube e não medi esforços para que essa ajuda ocorresse em momentos urgentes e necessários, como foi o caso. Estávamos enfrentando problemas de invasão do local por terceiros a partir do instante em que o ex-presidente Giovanni Luigi devolveu a área do entorno à prefeitura de Porto Alegre. Foi necessário, então, uma providência imediata para proteção do patrimônio do clube”.

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