Ex-Inter, Lauro fala sobre os times de 2008/09, D’Ale, Alisson e a safra de goleiros colorados

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Nesta terça-feira (21), a Revista Colorada conversou com o ex-goleiro do Internacional, Lauro. Os assuntos em pauta foram: Copa Sul Americana de 2008, o ano de 2009, D’Alessandro e a safra de goleiros do Inter.

⁃ Qual jogo tu consideras mais importante com a camisa do Inter?

“O jogo que mais significou para mim foi na Bombonera. O Inter vinha de uma sequência de jogos sem ganhar lá, e aquele jogo que ganhamos de 2 a 1 foi histórico. Para mim é o jogo mais memorável e mais importante.”

⁃ Qual era o diferencial daquele time de 2008 do Inter?

“Era um time bastante experiente, com muitos jogadores rodados e com várias conquistas cada um. Éramos um grupo de amigos com uma afinidade muito grande um com o outro. A gente se entendeu muito bem dentro de campo e foi o que fez unir um time forte para fazer um ano de 2008 memorável. Aquele time é considerado por muitos um dos melhores da história do Inter, e, consequentemente, veio o título.”

Naquela temporada foi a que chegou o D’Alessandro. Tu acompanhaste os primeiros passos de um dos maiores ídolos da nossa história. O que tu podes falar sobre as percepções daquele D’Ale de 2008?

“O D’Alessandro desde que chegou já mostrou grande maturidade profissional, desejo por conquistas. É um jogador diferenciado, por isso tem uma carreira tão vitoriosa. Aos poucos ele foi conseguindo seu espaço no clube e isso se dá muito á dedicação dele no dia a dia de trabalho. Logo ele conseguiu a confiança tanto da torcida, quanto dos jogadores e dirigentes.”

⁃ Você considera a temporada de 2008 como a melhor de sua carreira?

“Foi uma grande conquista, lógico, a Sul-Americana em 2008. Porém, eu considero o ano de 2009 mais importante, com a conquista do Gauchão, o vice da Copa do Brasil e do Brasileirão. Fiz um ano muito bom, que com certeza ficará guardado na minha memória com bastante carinho.”

⁃ Sobre a safra de goleiros do Inter: revelamos recentemente o melhor goleiro do mundo (Alisson Becker). Tu, com toda a tua experiência, o que podes falar sobre o assunto? Qual o diferencial de treinamentos no Inter para esse sucesso?

“Nos últimos anos o Inter vem revelando grandes goleiros que vêm disputando campeonatos nacionais e também internacionais. O Alisson é o maior exemplo disso. É oriundo das categorias de base do clube, onde é feito um trabalho muito bom há mais de 10 anos, com Giuliano Roxo, com o qual eu tive oportunidade de trabalhar. Essa transição vem sendo muito bem feita pelo Daniel Pavan, que vem crescendo e hoje é um dos melhores treinadores de goleiros do Brasil. O goleiro Daniel (Brito) também é uma grande promessa. Ainda o Inter conta com o Danilo (Fernandes) e o (Marcelo) Lomba, o que com certeza deixa o torcedor bastante feliz e seguro, sabendo que na posição por vários anos terá tranquilidade e grandes goleiros”

Em 2009 o Inter, em seu centenário, foi vice campeão do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Como ficou o ambiente com as convocações de Kléber e Nilmar para a Seleção Brasileira antes da final da Copa do Brasil?

“Esse foi um dos grandes erros, quase que histórico, dos bastidores do clube. Não se imagina hoje ter uma final de Copa do Brasil tendo jogadores convocados. O peso do Corinthians era muito grande naquele momento mas sem dúvida nenhuma nosso time era o melhor time do Brasil, jogava o melhor futebol e era admirado tanto dentro do país como fora. É inexplicável. A convocação desses dois jogadores para a seleção e nos fez muita falta no primeiro jogo e no segundo já com um placar elástico de 2 a 0, ficou bastante complicado para reverter a situação. Tem coisas que acontecem, mas essa não tem perdão.”

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