Caroline L. Borges: O que esperar enquanto esperamos, o perfil de Eduardo Coudet

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O ano de 2019 para o Inter se arrasta melancolicamente para o final. Após a boa campanha na Libertadores e o ápice vivido na semifinais da Copa do Brasil, o colorado se arrasta cambaleante e inseguro após a perda do título para o Athletico Paranaense.

Com a temporada chegando ao fim sem grandes surpresas, já que a vaga na Libertadores do ano que vem virá mais por incompetência dos adversários do que por méritos do Inter, cabe ao torcedor projetar um 2020 diferente e ele passa pelo definição do novo comandante da equipe, ao que tudo indica, o argentino Eduardo Coudet.

Mas, afinal, o que podemos esperar dele? “Chacho” Coudet, como é conhecido em seu país, faz parte da nova geração de promissores técnicos argentinos.

Coudet se destaca  por ser um treinador ofensivo e de temperamento agitado, exigindo o máximo de seus jogadores. É um técnico que gosta de propor jogo e ocupar o campo dos adversários. Assim como a maior parte dos treinadores, é um adepto dos treinamentos fechados, em que treina jogadas de bola parada que ganham de sua parte atenção especial. É um profissional atento aos detalhes e cobra os jogadores dentro e fora de campo, mas apesar da exigência é conhecido por ter um bom relacionamento com seus comandados.

Iniciou sua carreira como treinador no Rosário Central, em 2015, e levou a equipe do 14º lugar no ano anterior, em para uma surpreendente terceira colocação no campeonato nacional. Na Libertadores 2016, o Rosário de Coudet chegou às quartas de final sendo derrotado pelo Atlético Nacional que viria a ser o campeão do torneio sul-americano. Na campanha, Rosário eliminou o Grêmio, de Roger Machado, nas oitavas vencendo por 1×0 em Porto Alegre e 3×0 em Buenos Aires.

Deixou o Rosário em 2017 e teve uma rápida passagem pelo Tijuana, no México. Retornou à Argentina para treinar o Racing, liderou o time em uma campanha histórica que levou o clube a conquistar o Campeonato Argentino 2018/2019, pondo fim a um jejum de 05 anos da equipe de Avellaneda.

Como jogador, Coudet foi meio-campista e teve passagens de destaque por River Plate e especialmente, Rosário Central. Dos tempos de River surge a amizade que permanece com D’alessandro, capitão colorado. O técnico já informou que não permacerá no Racing para 2020, mas nem ele nem a direção confirmam acerto com o Inter. Confirmada mesmo, está sua presença para o Lance de Craque, no dia 21 de dezembro.

Sendo anunciado como novo treinador do Inter, será uma mudança radical na maneira de pensar futebol do clube, que há dois anos vem praticando um jogo reativo, especialmente fora de casa. Já passou da hora de retomarmos o protagonismo e jogarmos com atitude vencedora em qualquer campo. Cabe à diretoria montar um grupo de jogadores capaz de oferecer soluções ao comandante. Aproveitar melhor a base é também um desafio e um objetivo para que o clube volte a revelar jogadores. Tudo isso em pouco tempo, pois caso não conquiste a vaga direta, a pré-Libertadores inicia ainda em janeiro.

De minha parte, torço para que a vinda de Coudet se confirme e que ele seja capaz de recolocar o Inter no caminho dos títulos. E espero que, enquanto esperamos, a direção esteja trabalhando para corrigir o que for necessário e que o Inter faça o 2020 que a torcida merece.

Twitter: @carolineleivasb
Instagram: @caroleivasborges

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