Nesta quinta-feira (11) o Ministério Público do Rio Grande do Sul detalhou alguns pontos sobre a quarta fase da Operação Rebote. A promotoria do estado afirmou ao publico alguns desvios de dinheiro de ex-dirigentes colorados – da gestão de 2015 e 2016.
O promotor Flávio Duarte afirmou que um dirigente da época desviou dinheiro do clube e, com o valor, pagou uma ceia de Natal e Réveillon para a família no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.
“O Inter tinha contrato com empresas de turismo do Paraná para organizar o translado dos jogadores no Brasileirão, e algumas dessas empresas faziam fraudes. Simulavam viagens que não aconteciam e, com os valores, foram pagas hospedagens no Rio de Janeiro entre Natal e Réveillon para esposa, irmão da esposa, filho, genro daquele dirigente. No total, foram oito pessoas, despesas caras. Mesmo esquema foi usado para pagar ceia de Réveillon no Copacabana Palace, viagem para a China para o pai desse dirigente e cruzeiro para o Caribe. Eram notas genéricas, com problemas de numeração, e esse mesmo padrão se repetia para a prestação de serviços da área de turismo”, afirmou o promotor.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados devido à Lei de Abuso de Autoridade. Um dos ex-dirigentes colorados foi denunciado por estelionato e ocultação de bens. Quatro empresários e outro ex-dirigente foram denunciados por organização criminosa, estelionato e ocultação de bens.