O torcedor colorado já sente como se estivesse assistindo a um filme repetido — e com final conhecido.
Nos últimos 15 jogos disputados, o Internacional saiu atrás do placar em 12 deles, revelando uma preocupante fragilidade nas largadas das partidas. A estatística virou rotina: o Inter tem começado perdendo quase sempre, obrigando-se a correr atrás do resultado, muitas vezes sem sucesso.
As únicas exceções recentes foram os dois confrontos no Maracanã, onde o time conseguiu controlar melhor o início de jogo, e a partida contra o Nacional, pela Libertadores, em que a equipe também segurou a pressão inicial. No mais, o Colorado tem entrado desligado, vulnerável e previsível.
Neste sábado, diante do Atlético-MG na Arena MRV, a história se repetiu. Novamente o Inter levou o primeiro gol e se viu forçado a buscar a reação fora de casa. Mesmo com bons momentos ofensivos, como a bola na trave de Bruno Tabata e a cabeçada perigosa de Borré, o time acabou derrotado por 2 a 0, com gols de Vitão (contra) e Junior Santos.
A repetição do problema incomoda torcedores e já preocupa dirigentes e comissão técnica. Sair atrás no placar quase sempre coloca o Inter em desvantagem emocional e tática, dificultando a execução do plano de jogo e aumentando a pressão interna.
O desafio de Roger Machado após a pausa será claro: fazer o time iniciar os jogos com a mesma intensidade que costuma mostrar ao tentar reverter desvantagens. Até lá, o Inter carrega a marca indesejada de um time que sempre corre atrás — e nem sempre alcança.