Em entrevista, Fabrício reconhece erro por xingar torcida do Inter
Em 2015, na partida diante do Ypiranga, o lateral-esquerdo Fabrício, ao ser vaiado, mostrou o dedo do meio e xingou a torcida colorada. Logo depois, ele foi negociado pelo Inter com o Cruzeiro.
Hoje no Água Santa, o lateral se diz arrependido pelo ocorrido no ano em que o técnico colorado era o uruguaio Diego Aguirre e que o Colorado chegou até a semifinal da Libertadores.
“Fiz m*, uma grande m*. Eu nem perdi a bola. Eles (torcedores) chiaram e fiz os gestos no momento. Eu ia bater a lateral e veio a expulsão. Quando estava saindo, chegam Juan, Jorge Henrique. Eu só ia tirar a camisa, estava sem graça. Aí já tinha feito a m*. A camisa caiu e o pessoal ficou chateado, mas eu nunca imaginei em jogar a camisa no chão. Eu perdi a cabeça”, disse ele ao Globoesporte.com.
O jogador ainda contou o que aconteceu após o jogo contra a equipe do interior, que foi válido pelo Campeonato Gaúcho daquele ano.
“Fiquei um pouco no vestiário, falei com o vice (Carlos Pellegrini) e o presidente (Vitorio Piffero). Depois cheguei ao aeroporto. Minha esposa estava no estádio com minha filha e tentamos embarcar, mas não tinha voo para São Paulo e retornei para casa. O Dida, Rafael Moura, Juan, D’Ale me ligaram para ver a situação e foi uma galerinha lá em casa. Ficamos um bom tempo conversando. Falei que ia embora e voltava na segunda. Foi bastante gente, umas 10 pessoas, D’Ale, Rafa, Dida, Alex, Alan (Patrick), Jorge (Henrique), uma galera boa. Conversamos muito. Era para eu retornar na segunda. Ali decidimos não continuar. E só voltei para jogar no Beira-Rio contra quando estava no Palmeiras. Eu lembro de tudo. Isso é algo que você não deve fazer. O Inter abriu as portas para mim. O clube que fui mais feliz. Eu fiz aquilo com o Inter e é deselegante para minha pessoa”.
Fabrício também avaliou sua passagem pelo Inter, lembrando que permaneceu no clube por cinco anos.
“Fiquei aí no Sul cinco anos. Eu era jovem e fiz muitos jogos. Não tem como fugir. Eu era muito feliz aí. Até hoje acompanho todos os jogos e falo com a rapaziada. Quando cheguei, o Kleber era o titular e estava voando. Então o Falcão me usava mais na linha da frente. Eu cheguei com o (Celso) Roth, mas foram poucos treinos que peguei com ele e teve a troca”.