![]() |
Foto: Divulgação / Inter |
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
O Internacional enfrenta o River Plate na noite desta quarta-feira em partida válida pela terceira rodada da fase de grupo da Libertadores da América. Para o confronto, Odair poderá contar com a volta do meio-campo D’Alessandro, que está recuperado de lesão. O time argentino, aliás, foi um dos responsáveis pela sua vinda ao colorado em 2008.
“Eu sempre acompanhei muito o futebol argentino. Achava o D’Alessandro um craque desde quando ele se destacou no River e nas seleções de base. Era quase um novo Maradona, canhoto e tinha temperamento forte. Cheguei uma vez a vê-lo em campo quando fui passear em Buenos Aires em um jogo contra o Vélez (Sarsfield), mas a arquibancada do Monumental era muito alta, estava atrás do gol e mal conseguia vê-lo (risos)”, disse Fernando Carvalho, ex-presidente, a ESPN.
Depois de ir para a Europa e rodar por várias equipes até 2008, o Zaragoza, da Espanha, emprestou D’Alessandro para o San Lorenzo, da Argentina, e aí o meio-campo entrou de vez no radar do Inter depois de se destacar em uma partida contra o River Plate no Monumental de Nuñez.
“Depois, ele passou por várias equipes e o perdi um pouco do radar. Um dia, vi o D’Alessandro como protagonista, jogando demais, mesmo com o time dele perdendo por 2 a 0. Eles estavam com dois jogadores a menos e ele bateu escanteio, falta… Eles empataram depois em 2 a 2 e se classificaram. O D’Ale foi o grande nome daquele jogo”, recordou Carvalho, que passava férias em Punta del Este, no Uruguai.
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
“Quando eu voltei ao Inter [como vice-presidente de futebol], pensei: ‘D’Alessandro no San Lorenzo? Ele poderia estar no Inter!’ Mas a ideia ficou só no pensamento. Pouco tempo depois, contratamos o Tite e uma das posições que ele nos pediu era de um meia. Um empresário, que tem ligações com futebol argentino, me ofereceu um jogador, mas recusei. Eu disse: ‘Me traga um jogador bom, tipo o D’Alessandro, por exemplo. Ele é um craque de bola, está jogando no San Lorenzo’. Uma semana depois, ele trouxe uma carta do empresário do D’Alessandro que o autorizava a ser o representante exclusivo”, afirmou o ex-dirigente.
Foi então que a direção do Inter viajou para Argentina para conversar com D’Alessandro.
“Falei como era o clube, as pretensões que tínhamos para ele e as nossas regras. Abordamos com o D’Alessandro sobre a fama de ser uma pessoa de relacionamento difícil e desagregador. Ele me respondeu: ‘Eu sou profissional. Se as pessoas cumprirem comigo, eu cumpro rigorosamente tudo que combinei. Mas vou te cobrar o que foi combinado e vamos nos dar bem’. Ele foi receptivo desde o começo”, contou.
Fernando Carvalho revela que a parte que envolveu o jogador foi fácil de negociar. As dificuldades ficaram por conta dos outros envolvidos na negociação para que o jogador viesse a Porto Alegre.
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
“O problema é que o Zaragoza era detentor de 50% dos direitos dele e tinha um grande empresário argentino, Marcelo Tinelli, torcedor do San Lorenzo, que tinha a outra metade. A gente tinha que comprar as duas partes, mas havia um prazo para que o empresário comprasse do Zaragoza. A negociação foi muito difícil porque eles exigiam garantias e não tínhamos dinheiro à vista. Precisamos de ajuda do Delcir Sonda não só para colocar dinheiro, mas para dar as garantias”, relatou.
O negócio foi fechado e anunciado no dia 22 de julho de 2008. Para contratar D’Alessandro o Inter desembolsou 7 milhões de dólares.
“Ele estreou em um Gre-Nal que nós empatamos. No clássico seguinte, cerca de um mês depois, ele foi o principal jogador e vencemos por 4 a 1. Ele fez um gol e participou dos outros três. Aí, virou um grande ídolo”, recordou Fernando Carvalho, para finalizar.